Como pode um homem manter-se puro em um mundo totalmente depravado?

 

A história bíblica de Daniel na cova dos leões revela o exemplo de um homem de caráter irrepreensível, contra o qual ninguém encontrava motivo de advertência. “Procuraram ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma, porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa” (Daniel 6:4).

Quando outros funcionários do rei perceberam que Daniel seria promovido a uma posição de ainda mais honra, “porque nele havia um espírito excelente” (Daniel 6:3), tramaram uma armadilha legal para prejudicá-lo.

Eles convenceram o rei a assinar um decreto que, por trinta dias, proibia qualquer pessoa de fazer petição a qualquer deus ou homem, exceto ao próprio rei Dario. “Todo homem que, por espaço de trinta dias, fizer petição a qualquer deus ou a qualquer homem, e não a ti, ó rei, será lançado na cova dos leões” (Daniel 6:7).

Daniel, ciente da nova lei, não alterou sua conduta fiel. “Quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa, e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como costumava fazer” (Daniel 6:10). Essa atitude foi usada como prova contra ele.

Os conspiradores então entregaram Daniel ao rei, que, embora estimasse profundamente o profeta, foi obrigado a cumprir a lei que ele mesmo havia decretado, pois “nenhum interdito ou decreto que o rei estabelece pode ser revogado” (Daniel 6:15). Assim, Daniel foi lançado na cova dos leões, condenado a ser despedaçado.

Durante toda a noite, o rei permaneceu em vigília, sem conseguir dormir. “Então o rei se dirigiu para o seu palácio, passou a noite em jejum, não deixou trazer à sua presença instrumentos de música, e fugiu dele o sono” (Daniel 6:18).

Ao amanhecer, correu até a cova e gritou com angústia:
“Daniel, servo do Deus vivo, terá podido o teu Deus, a quem tu continuamente serves, livrar-te dos leões?” (Daniel 6:20).
E então, a voz de Daniel ecoou com esperança:
“Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano; porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não cometi delito algum” (Daniel 6:21-22).

Daniel saiu ileso, sem sequer um arranhão. “Nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus” (Daniel 6:23).
Em seguida, o rei fez justiça: puniu os homens que conspiraram contra Daniel (Daniel 6:24) e decretou que todos respeitassem o Deus de Daniel:
“O Deus de Daniel é o Deus vivo, e que permanece para sempre... Ele livra e salva, e faz sinais e maravilhas no céu e na terra; foi ele quem livrou a Daniel do poder dos leões” (Daniel 6:26-27).

Essa história impressionante nos dá um exemplo poderoso de alguém que, mesmo rodeado por perversidade e corrupção, foi reconhecido por sua excelência no trabalho e, mais do que isso, permaneceu fiel a Deus, dando um testemunho verdadeiro.

Daniel era humano como eu e você — sujeito a fragilidades, limitações e tentações. O que o diferenciava era sua forma de viver no meio de uma geração má: ele não se corrompeu. Como diz a Palavra de Deus:
“O justo viverá pela fé” (Habacuque 2:4, também citado em Romanos 1:17),
e não há como viver neste mundo e manter-se puro sem que a fé seja o nosso modo de vida.

Daniel viveu sustentado por tudo o que procede da boca de Deus. Desde jovem, ele já rejeitava compromissos que feriam sua consciência. “Daniel assentou no seu coração não se contaminar com as finas iguarias do rei” (Daniel 1:8), e sua vida inteira foi marcada por fidelidade.

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