Cristianismo no Brasil
1Co 2:2 Porque nada me propus saber entre vós, senão a
Jesus Cristo, e este crucificado.
Talvez o grande problema do
cristianismo no Brasil seja a falta do evangelho, ou se há algo dele talvez
esteja diluído em alguma mistura. Isso pode estar afetando tanto a nossa
ortodoxia (Conjunto de doutrinas, credos e Confissões) quanto a nossa
ortopraxia (doutrina Prática baseada na ortodoxia). Com isso o ensino
ministrado dentro do corpo se torna fraco ou omisso, as ações se tornam estritamente
internas ou quando públicas são tímidas ou sem relevância.
Não é simplesmente falta de
conhecimento, é falta de Experiência com o Evangelho!
Dificilmente poderemos repetir o
que houve em 1536 em Genebra, que foi consideravelmente influenciada pelo
protestantismo e os princípios da reforma, onde o Evangelho exerceu grande
poder na política, na sociedade e comércio. Não sustento que poderíamos voltar
a esses tempos, mas que, é consequência evidente que o evangelho promove avanço
social, e na sua ausência o que aflora é a corrupção e degradação social.
Nossa sociedade atual está cheia
de cicatrizes e marcas feitas por uma triste experiência com um falso
evangelho, um evangelho sem verdade, sem poder e sem o propósito de glorificar
a Deus. Com isso vivemos em uma época onde, o que é comum não é o correto e o que
é correto não é conveniente; a justiça foi deturpada.
Somos um pais onde a grande
maioria é cristão, mas boa parte do que vivemos hoje com relação as injustiças
e corrupção, é fruto de um falso evangelho ou de um evangelho diluído e ralo.
O Evangelho não tem como foco uma
restruturação social e política, mas em promover a transformação de vidas. Conforme
Paulo afirma, que ele é o poder de Deus para a salvação. A sociedade é composta
por indivíduos e se alguns desses forem pessoas transformadas, cada um enxergará
o mundo, a política, a economia, a sociedade da ótica do evangelho, o que por
sua vez influenciará tudo a sua volta.
Um dos efeitos do evangelho é um
claro contraste entre o que é Justiça e o que é Justiça baseada na atual
relativização de princípios. O evangelho como mencionei, não tem foco em
reestruturar a sociedade, porém, ele ressalta e estabelece os pilares da
verdade e da Justiça, criando assim uma distinção entre o que é certo e o que é
errado. Nem todos irão aceitar o que é certo, mas estes estarão cientes que o
que escolheram é de fato errado. Eles não acharão que o mal é uma coisa boa e
nem o que é bom como uma coisa má.
Vivemos em um tempo semelhante ao
que viveu George Whitefield, a apatia dominava os púlpitos e o evangelho era
frio. Foi neste contexto onde Whitefield chama as pessoas e até pastores a
nascerem de novo, desafiadora e ousada era a mensagem desse homem. Em nossos
tempos vemos um fervor frio, onde grande parte do que é promovido na igreja é
oferecido majoritariamente para aqueles que “Pagam os Dízimos e Ofertas”,
negligenciando assim a mais vital missão da igreja: Pregar o evangelho.
Por que a “igreja” de hoje não prega o
evangelho com poder? Talvez por que ela mesma não foi alcançada pelo verdadeiro
evangelho. Quanto mais Conhecemos do evangelho e o experimentamos mais nos
damos a propagá-lo, por que a boca fala do que o coração está cheio.
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